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Quando ninguém te escuta

  • Foto do escritor: Poliana Grasser
    Poliana Grasser
  • 22 de ago.
  • 2 min de leitura

Há dores que se calam por dentro e esperam, em silêncio, por alguém que as escute de verdade. Ser ouvido não é o mesmo que ser escutado. Quantas vezes alguém nos ouve, responde, orienta, mas algo dentro de nós segue apertado, como se não tivesse sido realmente compreendido?


Em muitos atendimentos, há palavras, há contato, há até boas intenções. Mas falta presença. Falta silêncio. Falta escuta. E, quando a dor que carregamos não encontra esse lugar de acolhimento, ela não desaparece. Ela se aprofunda.


É assim que vivem muitas pessoas: passam por médicos, terapeutas, exames, tentativas. Algumas ouvem que “não têm nada”. Outras, que “precisam aprender a conviver com isso”. E, no silêncio que vem depois dessas frases, algo se transforma por dentro. Primeiro, a dúvida: será que estou exagerando? Depois, o medo: será que tenho algo grave e ninguém viu? E então, o desespero: será que nunca vou melhorar?


Junto com a dor física, nasce outra dor: a de não ser reconhecido, de perder a confiança em si, de ver o futuro escurecer. Muitos descrevem esse estado como um exílio entre frustração e ansiedade, entre descrença e cansaço. Começam a imaginar que viverão assim para sempre.


Quando, enfim, alguém é escutado de verdade, algo começa a se reorganizar. Não é mágica. É o corpo deixando de gritar, porque finalmente foi ouvido com o coração. Escutar com presença é diferente de buscar respostas rápidas. É não querer resolver tudo de imediato. É sustentar o que ainda não se sabe. É permitir que a dor conte sua história.


Quando isso acontece, a esperança se recompõe. Mesmo que ainda exista dor, já não há desamparo. A pessoa se reconecta com sua percepção, com sua força e com a possibilidade de um caminho.


A escuta verdadeira não cura tudo, mas pode ser o início de tudo o que precisa ser curado.

 
 
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