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Dor lombar aguda e dor lombar crônica: compreendendo as diferenças

  • Foto do escritor: Poliana Grasser
    Poliana Grasser
  • 15 de set.
  • 2 min de leitura

Embora muitas vezes falemos de “dor nas costas” como se fosse uma única condição, a ciência mostra que existem diferenças fundamentais entre os quadros de dor lombar aguda e dor lombar crônica. Essa distinção é essencial para compreender a evolução dos sintomas e para definir as estratégias mais adequadas de cuidado.

 

A dor lombar aguda surge de forma súbita, geralmente após um esforço, uma postura mantida ou até sem motivo aparente. A intensidade pode ser significativa, mas o curso natural costuma ser favorável: em até 70 a 80% dos casos, a melhora ocorre em poucas semanas, muitas vezes sem necessidade de intervenções complexas. É como uma “crise temporária” que, se bem conduzida, não deixa sequelas.

 

A dor lombar crônica, por outro lado, é aquela que persiste por mais de 12 semanas, ultrapassando o tempo habitual de recuperação tecidual. Estima-se que 20% dos pacientes com episódios agudos evoluam para dor crônica. Aqui, não falamos apenas de estruturas lombares: fatores emocionais, padrões de movimento, crenças sobre o corpo, histórico de saúde e até experiências anteriores com a dor passam a desempenhar um papel central.

 

A ciática pode acompanhar tanto os quadros agudos quanto os crônicos. Nos episódios agudos, geralmente decorre de compressões transitórias das raízes nervosas, como nas hérnias discais, e tende a regredir com o tempo. Quando se torna persistente, pode refletir não apenas uma alteração estrutural, mas também processos de sensibilização nervosa e do sistema nervoso central.


É importante compreender que o diagnóstico de dor lombar crônica não significa irreversibilidade. Pesquisas mostram que, mesmo após anos, muitas pessoas alcançam melhora significativa quando recebem orientação adequada, aprendem a se movimentar com segurança e retomam a confiança em seu corpo.

 

Diferenciar o agudo do crônico evita tanto a banalização de sintomas quanto o excesso de intervenções desnecessárias. Mais do que isso, permite uma abordagem individualizada, que reconhece o paciente em sua singularidade e lhe devolve autonomia.

 

No próximo texto, abordaremos justamente esse aspecto: por que a dor lombar volta, quais fatores perpetuam sua recorrência e como o movimento pode se tornar o maior aliado do paciente.


Referências

 

  1. Menezes Costa Lda C, Maher CG, Hancock MJ, et al. The prognosis of acute and persistent low-back pain: a meta-analysis. CMAJ. 2012;184(11):E613–E624.


  2. Balagué F, Mannion AF, Pellisé F, Cedraschi C. Non-specific low back pain. Lancet. 2012;379(9814):482–491.


  3. Oliveira CB, Maher CG, Pinto RZ, et al. Clinical practice guidelines for the management of non-specific low back pain in primary care: an updated overview. Eur Spine J. 2018;27(11):2791–2803.


  4. Stafford MA, Peng P, Hill DA. Sciatica: a review of history, epidemiology, pathogenesis, and the role of epidural steroid injection in management. Br J Anaesth. 2007;99(4):461–473.

 
 
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